“Elegance” de Essud Fungcap
Vejo-te sempre ali
naquele canto,
suave, etérea, diáfana,
doce, como prelúdio de harpas
em exercícios de magnólias
e leveza de cisnes.
Vejo o Redentor ao fundo
de teu retrato
dividindo comigo
tanta admiração,
e a Guanabara vigiando-te,
pacientemente.
A natureza obedece-te
todas as manhãs,
quando , em ginásticas,
e destrezas lúdicas.
inventas o dia.
Vejo-te, maviosa,
compondo encantamentos
de flores, pássaros e músicas
- atração gentil, para devaneios.
Não te olhar é impossível,
se, mágica, fazes o espetáculo
tão bom de ver.
É muito saudável que existas
e que, finalmente,
depois de tantos séculos,
te manifestes luz...
É loucura de poeta,
mas és correta como um sonho louco,
efêmera no caminhar
e fugidia como uma miragem,
um deslumbramento ou doideira...
Nem sei... Nem sei...
E nem falar consigo,
pois só seriam palavras, palavras,
nada mais do que palavras.
E estás tão além das palavras...
De: João Costa Filho