“The Wheel of Fortune” de Edward Burne-Jones
Tudo é evasivo.
Do topo das montanhas,
nada contemplo
há milhões de anos,
senão almas revoltas
em mar bravio.
O céu de chumbo
contempla há mais anos
a noiva que retoca
promessas
de futuros fados,
indecifráveis.
Meninos carregando
o globo e o destino.
O profeta carregando
os incautos
por vazios evasivos
de não esperar.
A certeza
é, apenas, uma roleta
ou um dado
atirado no pano verde.
Façam o jogo,
senhores...
De: João Costa Filho