“Death the Bride” de Lucien Lévy-Dhurmer
E a noiva de branco
abandonou um quase
cadáver, no altar
quase, por palidez
de prenúncios
macabros.
Ali, estava um homem
sem pensamentos,
de idéias fugidias,
de porte cabisbaixo,
de amanhã turvado
por aquele destino
ruinoso
de, ali, naquele momento,
ter decidido,
- aliás, já há muito decidira -
que, sem ela,
preferia a morte.
Então, ela, a outra noiva,
de negro,
esperava.
Ele saiu sem ver ninguém,
foi a um bar,
tomou um gole,
só um gole,
e ouviu-se um estampido,
só um estampido,
e caiu nos braços
da outra noiva,
para sempre...
De: João Costa Filho