“Eye” de M. C. Escher
Não sei o que se esconde
no centro de minha
digníssima pessoa,
o que habita bem no fundo
de minhas entranhas.
Tenho medo da
revelação...
Muito medo
de, num atrito
inesperado,
a placa tectônica,
que fica ali em baixo,
de onde escrevo,
seja deslocada
em destruidores
tsunamis esquecidos,
mas preexistentes.
Medo de virem à tona
minhas céleres vocações,
aquelas pregadas
em mim,
há milhões de anos.
Como isolar
este desconhecido
que me
não larga?...
De: João Costa Filho