"The farewell of Abelard and Héloïse" de Angelica Kauffmann
De tecido negro,
vestiram minha alma
dilacerada no adeus...
E foi naquela noite
da balada maldita,
que falava de horrores,
de maldições e pragas,
e se fechavam
todas as portas
e janelas,
para esconder
do terror da lenda
e da maldição
de arrepios centenários...
Se verdadeira, não sei.
Mas a noite maligna
ainda assombra,
além das horas.
E minha alma continua
vestida com pele negra
e gelada,
desde que ela partiu,
ao som de outras
promessas
e urdiduras
não menos cruéis...
De: João Costa Filho