“Reclining nude” de Frédéric Bazille
Todos os poemas
falam de ti.
Dizem lascívias,
dizem da vida,
falam de desejos
e viagens a Eros e Tânato.
Em muitos desejos,
tudo natureza
em performance
de perpetuação,
estabelecendo, aí,
loucuras de amor,
doudo amor,
um recado de Deus
no pecado venial.
A síntese, o prazer,
a pele, o sangue
clamam, reclamam
tua nudez,
teu aroma de mulher,
a carne trêmula
de alma consumida,
eternizando o bem
maior,
o simples viver,
louvar, tocar, sentir
e, simplesmente, amar.
O resto pouco importa.
De: João Costa Filho