“The love of souls” de Jean Delville
Não tenho muitas coisas
a te dizer,
aquelas mil palavras
que adjetivam tudo
do amor, do relacionamento,
das belezas comuns.
Também não tenho
muitos gestos
ou grandiloqüências
tais e tais...
Temos, enfim,
cumplicidades
e a vontade de dividir tudo
e de nos somarmos,
de estar juntos,
sempre atentos, vigilantes
às necessidades recíprocas
e muito gostar,
comungar,
e de, sem palavras,
dizer ao mundo
que nada mais
queremos,
senão, nos olharmos,
infinitamente,
e de, sem querer,
termos nos dedos
entrelaçados,
todas as juras
e, de nossa proximidade,
a explosão (oculta)
de todos os fogos
do Universo...
De: João Costa Filho