"Remembrances" de Gerry Charm
Olhou seus pertences.
Com desânimo,
inventariou
algumas fotos antigas,
que diziam de amor,
algumas cartas
e bilhetes,
pálidos e amassados,
uma flor seca
em um livro velho,
e vultos,
muitos vultos.
Se alegres,
hoje, doridos.
Pegou cada coisa,
avaliou as perdas,
ouviu juras,
gritos de amor,
ouviu seu nome
dito docemente,
ouviu sons maravilhosos
e melancólicos,
por perdidos.
Saiu, bateu a porta
e, sem olhar para trás,
deixou essas perdas
com algumas lágrimas
e saiu carente,
à procura dos perdidos.
Precisava muito,
muito mesmo,
recomeçar...
De: João Costa Filho
"A Partida"
Dizer adeus,
é sempre um destino a cumprir
coisas esquecidas a levar
olhar para trás a despedir.
Pergunto se se vive o adeus,
se estamos vivos
ou apenas acordados?
O tempo em seu abraço maligno,
nos condena indireta e direta
como a passagem da seta
no deserto de nosso viver.
E aceitamos tudo,
Pois dizer Adeus
É um destino nosso
Apenas nosso e certo!
Lindo o teu dizer, poeta amigo.
Maria Luísa
João
Vim para te cumprimentar e dizer, quanto sou tua amiga.
Um dia nos vamos afastar
inevitável,
mas enquanto possível
te venho saudar.
Merecias tudo como poeta
que és
e tudo parece que partiu
para o deserto
de gizé.
Eu estou de partida, há muito
e também, ninguém reparou.
Gosto do silêncio
do teu espaço,
apenas eu estou
e merecias o Mundo.
Mª. Luísa
João
És o meu poeta Maior
Te conheço há muito
E não te esqueço.
Se não escrevo mais
neste instante
é porque não posso.
Apena isso, me pode impedir
de te escrever
de falar contigo.
Estou aqui neste instante
Não esqueças,
Por ti
apenas por ti!
e também por mim
e por teus versos.
És e serás,
Omeu amigo Maior!
com ternura,
Mª. Luísa
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