Terça-feira, 25 de Março de 2008
"The enigma" de Gustave Doré
Quem ficará
com as portas abertas,
sendo o homem seu vizinho?
Quem fechará um negócio,
sem as devidas assinaturas?
Quem deixará uma quantia
num banco de praça?
Quem casará,
se não houver
um padre, um juiz
e muitas testemunhas?
Quem levará seus filhos
a passear nos parques,
depois de anoitecer?
Quem amará seu próximo
como a si mesmo?
Quem não chamará seu santo
nome em vão?
Quem não venderá o homem,
novamente?
Quem dará de beber
aos leprosos?
Quem juntará alguns
pedaços partidos,
para aliviar alguma dor?
Quem ainda usará
o mapa do caminho?
Quem falará de flores,
sem parecer ridículo?
Quem porá água nas plantas?
Quem abençoará
o amanhã?
E, se abençoar, ele virá?
Quem ainda ouvirá
o som dos ventos,
trazendo boas novas?
De: João Costa Filho
João!
Magistral ! belíssimo poema. Lendo com calma, concluo que somente o poeta pode levar essa missão!
Abraços
De ana poeta. a 26 de Março de 2008 às 11:51
J.C.Filho.
Amigopoeta.
Esses teus versos demosntram tantas indagações que permeiam em nossa mente, o vento nos sopra suas premissas, mas emudecemos diante das contradições q nos cerca.
Beijos Poéticos.
;**
De
Secreta a 27 de Março de 2008 às 10:33
Mais um belo poema.
Tantas perguntas no ar e tão poucas respostas ....
Beijito.
Quem ...
A alma sensível que soube escrever as perguntas que estavam em sua alma.
Ouvirá o som dos ventos aquele que deixar seu coração falar ...
Deixo em tuas mãos pérolas incandescentes de sensibilidade para que teu s ouvidos sempre possam escutar os som dos ventos,como teu coração já o faz.
Com carinho,
Eärwen
*desculpa minha ausência no teu espaço.
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