Quinta-feira, 16 de Junho de 2011

...

Era uma vez, o rio

 

O céu chupou o rio

o rio subiu ao céu

sem escada, sem escala

e o rio choveu

para minha vidraça

para o menino

que corre doido

atrás da menina doidinha

para a planta grave

cai a chuva no zinco

e sobe o rio

contra a correnteza

voa lépido sem asas

faz o ciclo

cai o rio, no rio

que cantava

hoje geme

e carrega o homem navio

o  homem vazio

que bebe o rio

que já foi livre

mas mata a sede da planta

mata a sede da terra

mata a sede do homem

que o mata.


publicado por jpcfilho às 17:22
link do post | favorito
De Lu Rosário a 14 de Agosto de 2011 às 02:00
..some e nem me dá satisfações.

Você está bem?
Qualquer coisa, só me mandar um e-mail..

..Beijos!


Comentar:

Mais

Comentar via SAPO Blogs

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.


.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 18 seguidores

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. Ficastes

. Quase ontem

. Denúncia

. ADEUS, AMIGO

. ...

. Bendito fruto

. ...

. Amor animal

. Interiores

. A partida

.tags

. todas as tags

.pesquisar

 

.subscrever feeds