Quinta-feira, 16 de Junho de 2011

...

Era uma vez, o rio

 

O céu chupou o rio

o rio subiu ao céu

sem escada, sem escala

e o rio choveu

para minha vidraça

para o menino

que corre doido

atrás da menina doidinha

para a planta grave

cai a chuva no zinco

e sobe o rio

contra a correnteza

voa lépido sem asas

faz o ciclo

cai o rio, no rio

que cantava

hoje geme

e carrega o homem navio

o  homem vazio

que bebe o rio

que já foi livre

mas mata a sede da planta

mata a sede da terra

mata a sede do homem

que o mata.


publicado por jpcfilho às 17:22
link do post | favorito
De Lu Rosário a 20 de Agosto de 2011 às 20:10
Ei João,

Cadê as publicações outras?
Oh! Enquanto fico me bandeando para as palavras profanas, vc fica aqui com suas palavras belíssimas em formato poético. Sinto falta disso no Sem Pudor, mas não tenho tido aquele "quê" que impulsiona a escrever tais. Enfim, buscando diversificar, escrevi novo post com poesia e tudo. Não tão boa, confesso.. mas que declara meus sentimentos.

Sinto sempre saudades de vc.

E sou menina demais ainda diante de vc, eu sei disso e sei mais ainda que com amigos virtuais como vc, só tenho a aprender e aprender.

Beijão em vc!


Comentar:

Mais

Comentar via SAPO Blogs

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.


.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 18 seguidores

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. Ficastes

. Quase ontem

. Denúncia

. ADEUS, AMIGO

. ...

. Bendito fruto

. ...

. Amor animal

. Interiores

. A partida

.tags

. todas as tags

.pesquisar

 

.subscrever feeds