“La belle Dame sans merci” de Sir Frank Dicksee
Ah!... Como está doendo
uma ferida aberta,
mais do que o tempo,
às dúvidas que me impuseste,
com teu comportamento
leviano,
pois se, já de tempos,
fizeste-me juras,
promessas utópicas
e, agora, dispensas
tudo o que dizias
com palavras,
promessas e fantasias
de tais prestezas,
que me acomodava
às sutilezas
partidas.
E, assim, está doendo
a dor do tempo
perdido,
hoje, dia a dia,
a fragmentar este homem,
enquanto outra alma ri,
que sofrer
é o extremo
de uma das almas:
A minha...
De: João Costa Filho