"Amour" de Claude Theberge
Quase ontem... *
Tudo bem.
Façamos de nossas
carências o grande mote
e distâncias encurtemos
na volta ao passado
e quimeras,
nossos antigamentes,
quando moços um dia...
Estás solita,
e eu tão sozinho
e nos agarramos
aos naufrágios de ontem,
quando, de verdade,
revirávamos o amor, o desamor,
o sexo, o amplexo,
com tanta competência,
que hoje rio
dos novos folhetins.
Aí, menina, fomos os maiorais!
Tanto amor, tanta dor...
E nem por isso
foi menor...
Foi físico,
foi literário,
veio das almas,
como as assombrações
necessárias
aos grandes amantes...
De: João Costa Filho
* 1.ª publicação – 11 de Novembro de 2005