“Exotic redhead grotto” de Richie Fahey
Um morno vento da tarde
trouxe-me os cabelos de fogo
e os olhos marejados
e verdes.
Trouxe tudo
o que tinha de trazer:
carências múltiplas
e melancólicas saudades
de canção inesquecível.
Chegou com a esperança
e, mais uma vez,
trapezista,
arrisco o salto triplo
para dentro daqueles olhos
de espera.
Estava, pendularmente,
sofrido.
Estava. Agora, nem tanto,
se já esculpo e teço
alvíssaras.
Linda mulher,
cabelos de fogo
e olhos verdes
e marejados,
pareces-me o amanhã
e já nem lembro
o passado.
Estou, novamente, vivo
e, trapezista, me exponho...
De: João Costa Filho
De
pequenita a 28 de Setembro de 2006 às 11:18
À beira mar vi o teu corpo nu
Avançar para o caminho que desenhavas.
Entre o Sol que se tapava
E a Lua que se despia
Ali estavas entregue ao teu horizonte.
Esqueceste e eu esqueci
Que o Mundo é também nosso.
Basta que se olhe o Universo
Se sintam os astros e as marés,
E ali estamos nós acariciados
Pelas ondas da paixão.
Voltaste e sorriste-me
Como uma flor que se abre ao Sol.
Quando te respirei
Enchi-me de aromas salgados.
Quando te beijei
Experimentei o sabor da volúpia,
Logo que te abracei
Senti a fervor do teu corpo.
Quando nos amámos
Vi nos teus olhos o brilho intenso
De uma alma que se entrega.
Soube então recitar os versos
De uma paixão que se escreve
Num arco-íris de mil cores
Que enlaça o espírito dos amantes.
Nesse fim de tarde
Não fui poeta.
Fui a mulher que te segredou
O silêncio do Amor eterno.
beijosss doces e eternos by pequenita :o)
De
jpcfilho a 28 de Setembro de 2006 às 23:14
Olá Pequenita, obrigado pelo belo poema, e por tua presença aqui...beijos
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