“Water willow” de Dante Gabriel Rossetti
No silêncio de teu olhar,
li as palavras necessárias
à transformação do mundo,
promessas às minhas
pretensões de horizontes.
No silêncio de teu olhar,
li as boas novas,
quando, naquela tarde,
desmistifiquei
minha solidão,
que te pertencia.
No silêncio de teu olhar,
vi mistérios insondáveis,
mundos novos.
Oceanos desconhecidos
guardavam teus olhos,
onde, agora, navego,
ao sabor de tuas
modulações
benditas.
Bendito teu olhar,
que me diz mais
que mil palavras!
Bendita tua retina,
que fotografou
minha alma.
Amém!...
De: João Costa Filho